Gordura visceral: o que é e como eliminá-la?
A gordura visceral não é desconfortável apenas pela estética. De fato, é perigosa para a saúde, colocando muitas pessoas em risco.
Um dos principais motivos tem a ver com a sua localização no corpo: bem perto de órgãos vitais, abaixo da camada dos músculos.
Inclusive, muitas pessoas descobrem doenças sem ter ideia de quais foram os motivadores.
Esse tipo de gordura age silenciosamente e pode trazer resultados preocupantes ao longo do tempo.
Continue lendo para saber causas, riscos e tratamentos.
O que é gordura visceral
A gordura visceral é aquela da barriga. Essa é a explicação que quase todo mundo conhece.
O que poucos sabem é que ela fica dentro do abdômen, próximo a órgãos vitais, como estômago, intestinos, pâncreas e fígado. Por isso, está associada a riscos.
A principal consequência dela é notável, com o aumento do peso corporal e da circunferência abdominal.
Porém, a questão estética é menos relevante quando consideramos os riscos às doenças – os quais vamos mencionar nos tópicos adiante.
Antes, é interessante pontuarmos a diferença para outro tipo de gordura, a subcutânea, como aquela que aparece no braço.
Nesse caso, fica abaixo da pele. É conhecida por “culote” e “pochete”, sendo esse o tipo de gordurinha mais visível aos olhos humanos.
Apesar de a subcutânea incomodar muito mais as pessoas pelo fator estético, é a visceral que traz os maiores riscos para a saúde.
Isso porque impacta nos processos inflamatórios, contribuindo para várias doenças.
As principais causas
A principal explicação para o surgimento e acúmulo da gordura visceral tem relação com os hábitos não-saudáveis.
Especialmente, os relacionados à dieta. Tanto é que o consumo excessivo e indiscriminado de certos alimentos são os maiores indicativos. Por exemplo:
- Açúcar,
- Gordura e
- Alimentos processados.
Então, esse desequilíbrio na ingestão de determinados alimentos é a principal causa. Porém, não é a única.
Ao mesmo tempo que a sociedade está com dificuldades para se alimentar bem, outros desafios também acontecem com o alto índice de sedentarismo.
Ou seja, estamos menos ativos do que antes, considerando toda a história da humanidade.
Da época das cavernas, quando existia a obrigação de lutar pelo alimento diário, até hoje, muita coisa mudou.
Agora, ficamos boa parte do tempo sentados, parados e inativos.
Há ainda um terceiro bom motivo para entender a causa dessa gordurinha chata, o cortisol.
O aumento dele no organismo indica uma má distribuição da gordura do corpo.
E isso estimula o fígado para produzir glicose, enviando mais açúcar no sangue, por exemplo.
Os riscos associados
Por estar próximo aos órgãos vitais, a gordura visceral pode desenvolver doenças cardiovasculares.
A principal delas é o infarto, assim como a aterosclerose e o AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Outros riscos atrelados a esse tipo de gordura são:
- Diabete do tipo 2,
- Hipertensão,
- Insuficiência hepática,
- Câncer (de mama e de colo), e
- Doença de Alzheimer.
Em casos mais extremos, também pode refletir em casos de hepatites crônicas, cirroses hepáticas e desenvolvimento de lesões nas regiões afetadas.
Se isso acontecer no fígado, é preciso muita atenção, já que existe tratamento totalmente eficaz para esse órgão.
Como medir a gordura visceral
O considerado aceitável em termos de saúde é uma gordura visceral de até 10% de toda a gordura do corpo.
Acima disso, vale a recomendação para iniciar um tratamento individualizado, já que há indícios de possíveis riscos, os quais vimos anteriormente.
Observe que o percentual de gordura visceral é diferente da gordura total do corpo.
Em outro texto, explicamos o que é ideal para a saúde do organismo, considerando os índices de massa magra e o peso corporal acumulado.
Então, como medir apenas a gordura visceral? Há várias ferramentas e métodos.
Hoje, uma das mais fiéis é a da tomografia computadorizada, assim como da ressonância magnética e ultrassom.
Porém, são opções menos acessíveis para a maioria das pessoas.
Por isso, o uso de outras metodologias acaba sendo mais utilizado no país todo.
- Circunferência da cintura: até 80 cm para mulheres e até 94 cm para homens,
- Razão cintura-estatura: até 0,5 para homens e mulheres, e
- IMC (Índice de Massa Corporal): até 30 para ambos os gêneros.
Na atualidade, dada a importância do acompanhamento com especialistas da saúde, também ganhou relevância outro método: bioimpedância.
É um processo que verifica toda a composição corporal, incluindo a gordura que está acumulada no organismo.
Como perder gordura visceral
Seguindo as principais causas, temos os melhores tratamentos para eliminar a gordura visceral.
Basicamente, o que se deve fazer não parece tão complicado: é preciso praticar hábitos saudáveis, com foco na alimentação, atividade física e no sono. Confira os detalhes!
Alimentação saudável
Sem dúvida, o primeiro passo para eliminar essas gordurinhas é encontrar uma dieta balanceada para o seu objetivo.
Geralmente, a mais indicada será aquela com menos calorias, pobre em açúcares e com muitas frutas, legumes e verduras, além das proteínas.
Uma dica é incluir, de forma estratégica, os alimentos que contribuem para acelerar o metabolismo e, consequentemente, facilitar a perda de gordura.
São os termogênicos e os principais exemplos vêm do café (sem açúcar, claro), canela, gengibre e chá-verde.
Prática de atividade física
Outro tópico necessário é o que diz respeito aos exercícios físicos.
Eles são fundamentais e devem acontecer juntamente com uma alimentação equilibrada.
Isso porque estimulam o metabolismo e, tão logo, a queima da gordura da barriga.
Com foco no emagrecimento e nessa diminuição da circunferência da cintura, uma ideia é as atividades aeróbicas.
Aqueles esportes ou ações que melhoram o condicionamento físico e promovem a saúde cardiovascular, como natação, corrida e spinning.
Sono regular
O cortisol é o principal hormônio que atua nessa gordura. Portanto, dormir bem não é um luxo, mas uma necessidade.
Assim, o corpo vai produzir os hormônios essenciais e na quantidade certa, de modo a metabolizar o que comemos e o que fazemos.
Além da questão hormonal, o sono também impacta em outras áreas, como dos exercícios físicos e da alimentação.
Quando não dormimos bem, é natural que ficamos com mais fome e menos dispostos a ir para a academia, estúdio de pilates e assim por diante.
Na dúvida sobre a gordura visceral, procure um médico
Para solucionar a gordura visceral, existem pelo menos 3 hábitos que são assertivos.
Logo, a procura por educadores físicos, nutricionistas e neurologistas pode fazer muito sentido.
Mas, se você não saber por onde começar, a dica é visitar um clínico-geral ou cardiologista.
Eles podem solicitar exames para validar os riscos e, tão logo, listar as principais ações para minimizar as dores ou desconfortos.
Ainda assim, lembre-se que uma rotina de hábitos saudáveis fará a gordura visceral desaparecer de maneira mais sustentável.